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Nova arma contra a dengue será aplicada em oito regiões do DF

O DF começará a testar o método Wolbachia. A técnica consiste em liberar na natureza mosquitos infectados com a bactéria, que impede a transmissão da doença.

Para evitar que a incidência de dengue volte a aumentar, como ocorreu em 2024, o Distrito Federal (GDF), adotará, a partir deste ano, o método Wolbachia como estratégia de combate à dengue. A técnica consiste na liberação de mosquitos infectados com a bactéria de mesmo nome, que impede a transmissão do vírus da doença. O anúncio foi feito no CB.Debate promovido pelo Correio Braziliense para discutir a prevenção da doença pelo secretário adjunto de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Rivaldo Venâncio.

No ano passado, o número de casos cresceu de forma assustadora. De janeiro a 14 de fevereiro, foram 70.083 registros, um salto de 1.177,7% em relação à 2023, com 5.485 ocorrências. Neste ano, houve uma queda expressiva, com 3.844 registros, o equivalente a 92,2%.

O método será implementado inicialmente em oito regiões administrativas do DF consideradas mais vulneráveis às arboviroses urbanas: São Sebastião, Fercal, Estrutural, Varjão, Arapoanga, Paranoá, Planaltina e Itapoã. Nessas localidades, a liberação de mosquitos Wolbachia ocorrerá em toda a área urbana, que tem 561 mil habitantes.

De acordo com a Secretaria de Saúde (SES-DF), ainda não há um calendário das etapas de liberação. “O acordo de cooperação técnica para a implementação do método no DF está em fase de revisão, aguardando formalização”, informou a SES-DF, em nota. Quase todos os recursos necessários estão disponíveis, mas é preciso ajustes no espaço físico visando a instalação de uma biofábrica local, que está em fase de planejamento e orçamento.

A expectativa é que o método reforce os avanços já observados no combate à dengue. O procedimento irá se aliar às medidas tradicionais de controle do Aedes aegypti. “As ações incluem visitas domiciliares para eliminação de focos do mosquito, aplicação de larvicidas, monitoramento da infestação por meio de armadilhas e levantamentos epidemiológicos”, elencou a secretaria.

Além disso, em 2024, houve reforço nas equipes com a nomeação de mais de 500 Agentes de Vigilância Ambiental em Saúde (AVAS) e 400 Agentes Comunitários de Saúde (ACS). A pasta também implementou novas tecnologias, como estações disseminadoras de larvicida e borrifação residual intradomiciliar.

Método

Conforme a Secretaria de Saúde, a Wolbachia é uma bactéria naturalmente presente em aproximadamente 60% dos insetos em todo o mundo. No laboratório do World Mosquito Program (WMP) — iniciativa da Universidade de Monash, na Austrália, que desenvolve e implementa soluções voltadas ao combate de doenças transmitidas por mosquitos —, pesquisadores conseguiram introduzir especificamente a cepa wMel, nos ovos do Aedes aegypti. O microorganismo bloqueia a multiplicação dos vírus dentro do organismo do inseto. Com isso, mesmo que o mosquito pique uma pessoa, ele não consegue transmitir a doença. Estudos já comprovaram a eficácia da técnica. “Na Indonésia, por exemplo, um estudo demonstrou uma redução de 77,1% no risco de adoecimento pela dengue”, destacou a SES-DF.

Segundo Lucas Albanaz, coordenador da Clínica Médica do Hospital Santa Lúcia Gama e mestre em Ciências Médicas, a técnica não traz nenhum malefício a humanos e tem demonstrado resultados promissores, mas ainda precisa ser refinada. Para ele, os efeitos da Wolbachia podem variar de acordo com a adesão das pessoas a medidas preventivas e com o tamanho da infestação na região. “Tudo vai depender do quanto a população está empenhada no controle e da densidade populacional do Aedes aegypti na área. O método precisa ser aliado aos cuidados básicos de prevenção, como evitar água parada e o acúmulo de lixo”, explica.

Albanaz também ressalta que, além da implementação de novas soluções, é preciso continuidade nas campanhas de conscientização. “O vírus é cíclico. A cada dois ou três anos, há uma explosão de casos. Ano passado fomos impactados, mas este ano a população está mais cuidadosa. O problema é que as pessoas esquecem e as campanhas de prevenção diminuem”, observa.

O especialista critica a dependência do chamado fumacê, método de pulverização de inseticida que mata os mosquitos adultos. “Muita gente ainda acredita ser essa a principal forma de combate, mas ele é um dos métodos menos eficazes. O mais importante é o engajamento da população na eliminação de criadouros e a notificação de possíveis focos às autoridades”, enfatiza.

Cenário nacional

Conforme a WMP, dados recentes revelam que o Brasil obteve uma redução notável nos casos de doenças transmitidas por mosquitos onde o método Wolbachia foi implementado. Em locais como Niterói, no Rio de Janeiro, a diminuição foi de aproximadamente 70% nos casos de dengue, 60% de chikungunya e 40% de Zika.

No país, a aplicação da estratégia é conduzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), com o apoio do Ministério da Saúde e de governos locais. Atualmente, o projeto está em andamento em diversas cidades brasileiras, incluindo Campo Grande (MS), Petrolina (PE), Rio de Janeiro (RJ), Niterói (RJ) e Belo Horizonte (MG). Além disso, seis novos municípios estão em fase de execução da metodologia: Foz do Iguaçu (PR), Londrina (PR), Joinville (SC), Uberlândia (MG), Presidente Prudente (SP) e Natal (RN).

Método Wolbachia no DF: Regiões Contempladas

São Sebastião
Fercal
Estrutural
Varjão
Arapoanga
Paranoá
Planaltina
Itapoã

Fonte: Correio Braziliense

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